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Mais um dia perdido, em que não me rompo a placenta deste querer nascituro que me berra aos ouvidos, insatisfeito de fome. Mais um dia em que me embalo e aconchego no quentinho das lembranças e das vontades por cumprir, que nascem do rasto mentiroso das primeiras. Não sei se te dê a mão e te pegue ou te deixe na roda do convento para que outras te amparem, ou então te esqueça para sempre no canto mais remoto do infantário, enroscado no teu umbigo a murmurares-me colo. Não sei se te puxe, se te empurre, se te amarre uma venda e te rodopie obrigando-te à cabra cega, ou se te dê o peito e te alimente como uma loba que se rói de prazer e saiamos por aí a fundar cidades, daquelas importantes, rodeadas de portos marítimos bons para o comércio e para as guerras. Dava-me um jeito danado, esquecer-me da superlatividade dos teus beijos. Acredita que deitaria muitas menos palavras fora.
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