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um amor atrevido

um amor atrevido

Março 23, 2006

casablanca

Vieira do Mar

Uma tristeza certeira que carcome os ânimos, embacia os movimentos e se desalma em mim. Saboreio-a em colheradas pequenas e rápidas, passeio-me nela com a língua, ofereço-lhe o palato. Sinto-lhe o gosto açucarado e enjoativo, ao lamento da ausência, ao descerrar da saudade. Rapo-me os restos com as pontas dos dedos, lambuzo-me, peço mais e repito a dose. Depois digiro-te, giboiando-me tarde fora, num fartote de comiseração induzida.