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um amor atrevido

um amor atrevido

Julho 27, 2006

sea of love

Vieira do Mar

Discutir os prós e os contras num frente-a-frente de argumentos colados. Pôr a escrita em dia, fazer o balanço da situação, eu em cima e tu por baixo. Retomares o fio à meada que tenho cá dentro e minotaurizares-te pelos meus trilhos, guiado apenas pelo cheiro. Esclarecermos dúvidas, analisando-as e despindo-as, se possível nus em pêlo. Acertar os ponteiros, dar-te corda e fazer as minhas horas coincidir com os teus minutos. Sobrepostos. Tocarmo-nos em capicua, nos dois sentidos, para o que der e vier. Rever a matéria dada, insistindo nos pontos fracos, que são os mal sabidos, os ainda não estudados e aqueles cujo gosto entretanto esquecemos. Escrutinar o prazer, não vá o diabo tecê-las. Definir estratégias e reoganizar a defesa, escudares-te dentro de mim em formação tartaruga. Pedir-te tréguas e ajoelhar-me à tua frente em súplicas fingidas, lambendo-te com ironia sobranceira. Medir forças e esticar a corda. Pores-me os pontos nos iiis em sessões conjuntas de esclarecimento e eu, a exclamar-te primeiro e a interrogar-te depois, a abrir-te as pernas em posições gramaticalmente erradas. Pedir-te meças, prestares-me contas. E limar as arestas. Dos lábios.